A Secretaria Municipal de Saúde, através da Divisão de Vigilância Epidemiológica informa os dados sobre a Leishmaniose em humanos no município, nos últimos 12 anos foram notificados 56 casos de Leishmaniose Visceral com 5 óbitos e nos últimos 5 anos foram 3 casos de Leishmaniose Tegumentar. Sendo que a Leishmaniose Visceral acomete órgãos internos e a Leishmaniose Tegumentar acomete pele e mucosas.
A Leishmaniose é uma doença infecciosa causada pelo protozoário Leishmania, que afeta seres humanos e animais, provocada pela picada do mosquito Lutzomyia, comumente chamado “flebótomo” e popularmente conhecido por: mosquito palha, asa branca, cangalhinha e outros nomes. Suas características são: coberto de pelos, de coloração clara, medindo de 2 a 3 milímetros, voa em saltitos e pousa com as asas entreabertas e ligeiramente levantadas, se alimenta da seiva de planta e a fêmea precisa ingerir sangue para o desenvolvimento dos ovos. Seus hábitos são picar a partir do pôr do sol até de madrugada, gostam de lugares com pouca luz, úmidos, sem vento, que tenham alimento por perto e ambientes com matéria orgânica em decomposição (frutos, fezes, galhos de árvores). Tanto o macho quanto a fêmea tendem a não se afastar muito de seus criadouros ou locais de abrigo. É uma das doenças endêmicas mais importantes no mundo.
Os sintomas em humanos são febre prolongada, crescimento do baço e fígado, perda de apetite, anemia, palidez e fraqueza, podendo ter complicações sendo as mais comuns em seres humanos a broncopneumonia, gastroenterite, septicemia e sangramentos graves. Já nos animais são comuns o emagrecimento, fraqueza, queda de pelos, vômito, febre irregular, crescimento exagerado das unhas, descamação e feridas (especialmente no focinho, orelha, cauda e patas) causando dor e sofrimento. Ressaltamos que na rede pública o tratamento para Leishmaniose está disponível apenas para humanos, sendo um tratamento extremamente complexo e longo e que nem sempre se obtém a cura.
Portanto, cabe a conscientização da população em diminuir a população do transmissor (mosquito), mantendo os ambientes sempre limpos, recolhendo frutos, folhas, fezes de animais e regularmente levando seu animal a um veterinário, lembrando que cada um é responsável pela guarda e cuidados do seu animal de estimação.
É de extrema importância ficarmos atentos aos cuidados preventivos contra o mosquito transmissor, bem como aos sinais e sintomas das doenças e neste caso, procurar a Unidade de Saúde mais próxima, a fim de que possamos realizar diagnóstico precoce e tratamento oportuno, possibilitando a agilização e qualidade do atendimento e as ações de controle na tentativa de evitar o surgimento de novos casos de Leishmaniose Humana e Animal.
Colocamo-nos à disposição para dúvidas e esclarecimentos que possam ocorrer, através do telefone - DVE: 14-3533 - 4283