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JUN
22
22 JUN 2016
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Empresas incubadas em Lins têm maior sobrevivência no mercado
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Cerca de 90% das novas empresas que passam pelo processo de aprendizagem empresarial na Adetec de Lins conseguem consolidação no mercado

Para qualquer empresário, começar um novo negócio é sempre um grande desafio. Saber contabilizar despesas, lucros, investimentos, pequeno quadro de colaboradores, carteira de clientes e a qualidade do produto pode ser muito mais difícil quando quem está à frente da empresa é um empreendedor iniciante. Dados da pesquisa Demografia de Empresas, organizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística) no final de 2015, revela, por exemplo, que das 694 mil empresas que nasceram em 2009 apenas 47,5% ainda estavam em funcionamento em 2013. Cerca de 158 mil fecharam as portas no primeiro ano de atuação no segmento. Uma das maneiras que contribuem para a mitigação da mortalidade empresarial é o processo de incubação da empresa. As incubadoras chegaram ao Brasil na década de 80 como escolas de empreendedorismo e podem responder diretamente pela redução do índice de mortalidade de empresas jovens.

Nos modelos tradicionais de negócio, o índice de mortalidade nos primeiros anos de vida empresarial pode chegar a 70%. Quando comparado com empresas incubadas, este mesmo índice cai para 20%. Há 15 anos, a Adetec (Agência de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico) desempenha o trabalho de Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), trabalhando com a capacitação de empreendedores, desde a discussão do negócio no qual pretendem investir até a formalização da empresa no mercado de negócio, passando quase sempre pelo processo de incubação. Os resultados obtidos evidenciam que o índice de mortalidade das empresas graduadas pela Adetec (que passaram por todo o processo de aprendizagem dentro da incubadora) não passa de 10%. “A formação empresarial pela qual o empreendedor é submetido durante o processo de incubação da empresa torna o negócio mais consolidado e o empreendedor mais maduro para enfrentar o mercado. Isso faz toda a diferença em um cenário competitivo e de dificuldade econômica como estamos vivendo no momento”, explica o gerente de incubadora da Adetec, Flávio Anequini.

 

Aprendizagem e maturação

Geralmente instaladas em boxes nas dependências do órgão apoiador, as empresas permanecem em fase de maturação do negócio por um prazo determinado. Durante todo esse tempo, o projeto - já em funcionamento - recebe o acompanhamento de profissionais especializados em gestão. Esses gestores monitoram toda a cadeia de produção para fixação de metas e consolidação de resultados. “Dentro de uma incubadora, a empresa opera como outra qualquer, com seus desafios diários. A grande diferença é que há uma ampla estrutura física e de conhecimento agregados que auxiliam os empresários a tomar decisões. Não há dúvidas de que os problemas são minimizados”, explica o gerente de incubadora da Adetec, Flávio Anequini.

Enquanto incubadas, as empresas recebem treinamento e assessoramento permanente nas áreas de marketing, inovação, finanças e gestão de pessoas, além de contar com salas de reunião, auditório, internet e apoio administrativo. No entanto, o mais importante é a construção de uma rede ampla de contatos. “Temos o compromisso de fortalecer o empresário para, efetivamente, atuar no mercado de trabalho com solidez. Na incubadora, as experiências adquiridas e compartilhadas entre empresas que estão no mesmo patamar de aprendizado e outras que já passaram por aqui – além de vários parceiros estratégicos – são fundamentais para a consolidação do negócio”, reforça Anequini. Para ele, o maior ganho dos empresários neste sistema é ter acesso a um network que dificilmente teriam na solidão de uma empresa tradicional, acentua.

Foi dentro dos boxes da incubadora de Lins que Marcos Astur e Jefferson Costa deram vida a um embrião de uma empresa, especializada na confecção de quimonos esportivos.  Há 10 anos no mercado - sendo dois dentro da incubadora -, a marca Sensei vende para todo o Brasil e emprega cerca de 15 profissionais. Com a ajuda da Adetec, o negócio começou com um estudo de mercado e viabilidade do produto. “Quando iniciamos a empresa dentro do boxe, eu e o Marcos já tínhamos experiência como empresários, mas não em gestão. O trabalho de consultoria que encontramos na incubadora foi fundamental para aprimorar nossas habilidades”, diz Jefferson.

 

Cozinha e o escritório

Todos os benefícios do processo de incubação dificilmente seriam obtidos pela empresária Estela Domingues, que resolveu lançar mão da profissão de engenheira para entrar de vez no ramo da gastronomia, em especial na confecção de brigadeiros, bolos, macarrons e bombons refinados. Desde agosto de 2014, sua empresa Nosso Brigadeiro está alojada em um dos boxes da Adetec, onde Estela dá forma aos doces. Lá ela administra o dia a dia dos negócios, comercializa os doces para festas em toda a região de Lins, além de receber constantemente formação empresarial. “A incubadora é essencial para o crescimento correto e ordenado da empresa, que começou tímida dentro da minha casa”, diz a empreendedora.

No início da atividade na Adetec, Estela aprendeu com os erros e pôde capacitar-se mais com o passar do tempo. Nesta fase do aprendizado, se deu conta que não bastava somente fazer bons doces, era preciso administrar bem a empresa que tinha nas mãos e todas as outras responsabilidades que o cargo de proprietária exige. Tomar decisões ainda é um assunto desafiador. “O maior desafio é o lado empresarial, a administração do negócio como um todo. Depois de desenvolver seu produto, é preciso fazer a empresa girar. Negócios chegam ao sucesso hoje, fundamentalmente pela boa administração. Desde o início, até hoje, nossa maior dificuldade são as tomadas de decisões”, revela. Com o auxílio da Adetec, a Nosso Brigadeiro já está expandindo os negócios para a região de Araçatuba, Presidente Prudente e São José do Rio Preto. As demandas exigem a produção de cerca de 100 quilos de chocolate belga ao mês. Em períodos de alta produção, a quantidade pode passar dos 300 quilos. O próximo passo é dar início à consolidação da marca no mercado. “Sabemos desse potencial do negócio e pensamos, inclusive, na possibilidade de implantação de franquias. Mas ainda temos que trabalhar muito antes disso”, finaliza. 

Apostando em uma nova plataforma de vendas, os jovens empresários Augusto do Carmo e João Vitor Teixeira administram a Be Better em um dos boxes da Adetec há um ano e meio. Ao invés de livrarias, a empresa comercializa o e-book MED (Método de Emagrecimento Definitivo) diretamente para clientes de todo o país e já chegou, inclusive, a fazer vendas nos EUA, Canadá, Portugal, Nova Zelândia e Espanha. O livro digital reúne importantes orientações para a reeducação alimentar como principal agente facilitador do emagrecimento saudável. “Nossa comercialização é feita exclusivamente pela internet. Com ela, é possível efetivar novos negócios sem a burocratização do frete da mercadoria, por exemplo”, diz Augusto. Para o empresário, o trabalho de consultoria da Agência é fundamental para o planejamento diário da empresa que conta com cerca de dez colaboradores. “Com o desenvolvimento do negócio, nossa ideia é futuramente desenvolver um aplicativo que possibilitará mais contato com os nossos clientes”, finaliza.

 

Adetec

A Adetec é uma organização sem fins lucrativos. A Agência é mantida pelo corpo de associados, pela realização de eventos e cursos na área do empreendedorismo e por convênio firmado com a Prefeitura de Lins. Para a Agência, o principal objetivo da sua atuação é contribuir com a mudança da realidade econômica da região, migrando de atividades industriais altamente demandantes de energia e recursos naturais para negócios mais contemporâneos, demandantes de inteligência, ciência e tecnologia.

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