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Convidado a se pronunciar sobre o Projeto, em tramitação na Câmara Municipal, que doa o terreno da Rotunda à empresa que pretende transformá-la em um shopping, o Secretário Municipal Israel Alfonso, do Desenvolvimento e Relações Institucionais, disse que embora não comente sobre matéria em análise na Câmara, em respeito à liberdade de decisão dos Vereadores, acha interessante fazer observações que ajudem a esclarecer alguns pontos. O primeiro é sobre a proteção a um patrimônio histórico.

O projeto do shopping fará isso, inteiramente. Hoje, o patrimônio está abandonado, se deteriorando e nenhuma instituição ou empresa se interessou por ele. O Município não tem e não terá recursos para isso, pois o que a empresa se propõe a fazer ali, é maior do que toda a capacidade de investimentos do nosso orçamento. Portanto, esta é a oportunidade de resguardar a Rotunda com capital privado. O local é muito pobre para um shopping, dizem outros. Os investimentos previstos no projeto vão valorizar muito os imóveis, farão crescer, portanto, o patrimônio das famílias do entorno. Centenas de casas e terrenos já estão em construção, ou em fase de conclusão de processo de lançamento, em volta do local onde estão os escombros da Rotunda.

O Shopping será um local de trabalho, lazer e compras para milhares de pessoas que residem e residirão na região. Uma empresa com capital social pequeno não pode investir tanto como ela se propõe a fazer, dizem outros, mas ela já tem parceiros, inclusive rede de supermercado. É um sistema nem tão novo assim, amplamente utilizado, em que um projeto é trabalhado para ser rentável e oferecido a investidores que fazem um grupo de interessados reunir capitais e negócios. É o que se fará ali. Portanto, o tamanho do capital da empresa é irrelevante, pois o que pesa é a qualidade da proposta e a capacidade dela convencer os seus parceiros.

A doação será com encargos e caso estas obrigações não sejam cumpridas, o imóvel retornará ao Município, sem nenhum prejuízo para a cidade, como aconteceu no caso da Xodtec. Além disso,  o condomínio assumirá dois termos de ajuste de conduta, que a Prefeitura está obrigada a fazer no local: a implantação de uma área de lazer e de um bosque com árvores nativas. O projeto contempla isso e o PLC em debate na Câmara, obriga a empresa a assumir esse ônus. A área de lazer proposta no projeto do shopping será a mais cara dentre as existentes na cidade, incluindo teatro, um investimento que, com recursos próprios, irá demorar muito a ser feito pelo Município, apesar da sua importância para a vida cultural da cidade.

Por último, a crítica aos jovens empresários, linenses, como se estivessem eles sendo privilegiados sobre outros. Que outros? Alguém aponta, pergunta o Secretário Israel, um nome, uma empresa que tenha manifestado interesse em investir ali, que não esses jovens linenses, incentivados pelo desejo do Prefeito Edgar e seu Vice em que a cidade cresça e o amor dos jovens empresários pela cidade?

 Quem irá assumir, questiona o Secretário, a responsabilidade de contribuir para ser jogada fora uma oportunidade de geração de centenas de empregos e de mudarmos a feição de uma das áreas mais abandonadas da cidade? Foram três anos de consultas, de prospecção e construção da proposta que está no Legislativo. A cidade precisa ousar acreditar nas possibilidades e nos sonhos dos seus cidadãos. Vamos esperar que a decisão seja voltada para os interesses da cidade e vejamos esse empreendimento produzindo uma das maiores intervenções na paisagem urbana de Lins, capaz de criar um novo núcleo de comércio, lazer e de investimentos na expansão urbana, conclui Israel.