Na última segunda-feira (05), a Prefeitura de Lins, através da Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Divisão de Saúde Mental, deu início a primeira Residência Terapêutica tipo 2 do município. O projeto consiste em uma residência localizada no espaço urbano, constituída para responder às necessidades de moradia de pessoas portadoras de transtornos mentais graves, institucionalizadas ou não.
Em Lins o projeto tem capacidade para acolher 10 moradores, sendo 8 moradores egressos do Hospital Clemente Ferreira e 2 moradores egressos do Vale das Hortênsias. De acordo com a coordenadora de Saúde Mental do município, a residência é monitorada 24 horas por dia, 7 dias da semana com cuidadores que irão estimular a autonomia e independência dessas pessoas.
Essas pessoas estarão inseridas nas atividades que o município e a comunidade oferece, como oficinas culturais, esportivas e educacionais. “Na área da saúde estarão referenciados em unidades básicas de saúde e CAPS I”, explica Flávia.
O projeto
Desde o século XVII as pessoas que eram consideradas loucas foram isoladas e confinadas em hospitais psiquiátricos, sem esperança de retorno à sociedade dita "normal". Em alguns locais essa realidade de internação ainda existe. No ano de 1970 com o movimento da reforma psiquiátrica no Brasil, surgiram políticas que nortearam e direcionaram o processo de desistitucionalização de pacientes em internação de longa data.
A atual estratégia de saúde publica, é que essas pessoas deixem de morar em hospitais psiquiátricos e passem a viver nas residências terapêutica, que podem acolher até 10 pessoas e são classificadas em tipo 1 e tipo 2.
A residência terapêutica é um dispositivo fundamental para a desistitucionalização, pois segundo a coordenadora, ela garante a convivência em liberdade e uma vida em comunidade, que é o direito básico de qualquer cidadão.
Fonte: CODEC – Coordenadoria de Comunicação